De todas as más notícias que ocorrem ao Flamengo neste mês de Abril, a que mais me atemorizaria seria um possível enfraquecimento de Patrícia Amorim. O primeiro contato que tive com o discursso dela, apesar de já tê-la visto se expressar em outras oportunidades, foi no programa Bola da Vez da ESPN. Fiquei bem impressionado com a clareza e simplicidade de suas ideías. Também com uma postura, que se não dissimulada, me pareceu ética. Também pude observar uma pessoa apaixonada pela instituição que se habilitou a dirigir.
Diante todas essas qualidades me convenci de sua competência pera gerir o Clube de Regatas do Flamengo. Poderia ela ser o Oasis no deserto, o trigo puro, a maça saudável. Tarefa ingrata, já que a campanha do futebol logo que assumira, lhe deixava com a única opção de manter a estrutura existente vencedora, essa que denegriu a imagem do Clube por duas décadas.
Uma estrutura que afastou do clube seus grandes ídolos. Que deixou de cumprir explicitamente com suas obrigações trabalhistas junto a seus profissionais, e que hoje fere a folha financeira do clube. Que se permitiu ser alvo de desconfiança e anedotas quanto a sua credulidade, a ponto de jogadores deixarem explicitas suas más condutas justificando-as com a incompetência administrativa no clube e falta de pagamentos. Que sempre permitiu mordomias impetrando na gestão profissional dos atletas a conduta de que estrelas devem usufruir de tratamento diferenciado, sempre ocasionando distensão no grupo e insatisfação da maioria, quando não permitindo que outros tomassem decisões semelhantes, isso num ambiente extramamente competitivo onde a postura anti-profissional sempre leva ao fracasso.
Acredito piamente que temos diante de nós um momento impar na história do Flamengo. O momento que a torcida sempre almejou, e que só não comprará a idéia quem for muito vagabundo ou interesseiro. Temos diante de nós a oportunidade, apoiando nossa presidente, de limpar a corja que inflamou o Maior do Mundo à penúria e que se estabeleceu de maneira cancerígena no circuito de produção de craques e formação de times vitoriosos no Flamengo.
De jogadores safados que recebem salários padrão Europa quando na verdade não tiveram competência de ir buscar seu espaço no velho continente, pois se tivessem tido oportunidade, já teriam abandonado o barco qual fosse o momento em que se encontrassem. Jogadores que há anos desrespeitam a soberania da Nação Rubro-Negra com xingamentos e irônias, que entregam campeonatos sem o menor esforço, sem sangrar uma gota de suor, e saem depois para se divertir na Chatuba que eles querem transformar essa instituição centenária. Desses filhos pobres da pátria que o dinheiro metamorfoseia em mercenários sem camisa nem alma, mas que representam as poucas paixões que o ser humano ainda é capaz de produzir, seja ela fútil ou não.
Patrícia Amorim tem a oportunidade histórica de transformar o templo do futebol profanado há décadas em um lugar saudável e de bons exemplos. Começou abrindo com a possibilidade de profissionalizar a gestão do futebol. Depois, que venha um técnico capaz de evitar qualquer outro maior vexame em nossa história. Porque após a Copa, o que eu espero da Patrícia Amorim, é que ela saiba distinguir as maçãs boas das podres, o joio do trigo, e faça uma arruaça nessa estrutura viciada e cheia de vontades dos jogadores e dirigentes que habitam hoje o futebol do Flamengo. Qualquer decisão nesse sentido terá todo meu apoio, doa aonde doer.
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ResponderExcluirApóio a Patricia. Uns corneteiros dizem que não era hora de faxina...já eu acho que pra uma faxina a hora é na hora em que o lixo já está fedendo e a situação está insuportável...então não tem hora pra acertar o maior clube do mundo. Patricia, vai na fé que tô contigo...
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