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segunda-feira, 29 de março de 2010

Tricolores "frouxos".


Não sou filósofo. Nem de perto tenho capacidade de realizar análises psicológicas aprofundadas ou considerações intrigantes sobre o comportamento das massas. Não tenho a capacidade cognitiva de entender o mundo, não indo além de simples análises ocasionais. Ainda assim tentarei explicitar minha opinião acerca das circustâncias extraordinárias que a vida apresenta, e que é capaz de manifestar a ascenção e queda daqueles que fizeram ou não a diferença no desenrolar da história. Resumindo: separar as crianças dos adultos.

Porque algumas pessoas são bem sucedidas e outras não em momentos cruciais? O que acontece na mente da pessoa que se vê envolvida num ambiente decisivo de competição, capaz de influênciar seu resultado depreciativamente ou impetrár estímulo extra para o sucesso de uma empreitada, habilitando-o a realizar conquistas inusitadas?

Ontem, ficou claro para mim porque alguns são gigantes e outros apenas aspirantes, e como isso funciona em nosso dia a dia. Não basta toda estrutura constituida, qualquer pressão externa, por maior que seja, ou discurssos motivadores: o que importa é o peso que um nome ou instituição carrega. Toda essa retórica desenvolvida até então é, senão, para falar de alguns fatos esportivos que me chamaram atenção neste fim de semana.

Primeiro, aconteceu na madrugada de domingo, e mostrou porque Fernando Alonso recebe merecidos predicativos. Claramente com um carro inferior, desgastado pelas condições que a corrida ofereceu, não só suportou a pressão de dois carros que estavam muito, mas muito superiores, como também em uma manobra desestabilizou seus oponentes, eliminando-os da disputa, conquistando seu objetivo almejado. Pura competência. Esse é um caso de superação e êxito.

Dito isso, vejamos o outro lado da questão, quando o destino defronta dois oponentes, e um tem a oportunidade de aniquilar o adversário, e fraqueja. Não se trata de nenhum confronto épico, dois gladiadores esperando o sinal fatal do imperador, ou nos filmes do Van Damme, que apanha a luta toda, e quando você pensa que já era, resurge como Fênix. Ainda menos de James Bond ou Macgyver, com suas soluções mirabolantes diante do impossível, parando literalmente o tempo até que suas soluções salvem suas peles, quando seus inimigos poderiam ter simplismente disparado uma arma.

Estou falando de Fluminense e São Paulo, os tricolores mais famosos do Brasil. Era a rodada dos sonhos. Eliminar os grandes rivais e garantir seus objetivos. Através de suas vitórias, seus rivais seriam colocados em xeque, desencadeando crises sem precedentes. O Vasco fora da Taça Rio representaria um grande fracasso, pressionando os dirigentes, estimulando-os ao erro futuro dado às circunstâncias desfavoráveis. Uma carga a ser carregada pelo resto do ano.

Já o caso do Corínthians era ainda mais explosivo. Imagina sua derrota e quase desclassificação ontem. Após montar um elenco para suportar várias competições, a prematura desclassificação no Paulistão seria um baque insuperável, o que refletiria na Libertadores, onde a pressão beiraria o insuportável, já que princípios de crise rondavam o Parque São Jorge. Ao final do Jogo, eram exaltados Roberto Carlos, Danilo, que estava apagado, além de incrementar a alta estima de Elias e Dentinho, como o fez o Fluminense para Carlos Alberto, Dodó e cia. Ao contrário, o resultado resgatou Vasco e Corínthians, que foram os heróis dessa batalha, e como os personagens acima já citados, tiraram forças do âmago e superaram dificuldades.

Grandes foram os vencedores. Mais que derrotados, Fluminense e São Paulo mostraram a diferença que separa a mística do pragmatismo, David de Golias, a diferença nos nomes em que cada um carrega. Ao contrário do título, não mais remeterei menções aos perdedores, exaltarei sim aqueles que são grandes exatamente por feitos como os desse fim de semana, Vasco e Corínthians.

2 comentários:

  1. Caro Duda.....Excelente texto.

    Mesmo de longe...e bem longe....fico feliz com as notícias que chegam.

    Mais uma vez parabéns.....no agurado do próximo.

    Quem sabe um dia vc não abre o espaço pra eu publicar os meus tb não é?

    Mas o nível é altíssimo....

    abraços.

    alex

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  2. Sua análise é simplória e espúria, digna de pena e seria trágica se não fosse cômica. Você comparar de David e Golias o Vasco com o FLuminense e dizer que muita coisa os separa, aí sim, está com razão, se e somente se levarmos em conta os FATOS, que são: Vasco tem libertadores, commebol, 4 campeonatos brasileiros. FLUMINENSE: Apenas 1 brasileiro (1984, visto que o de 1970 não é considerado), nenhuma libertadores, nenhum título de amplitude internacional.PONTO.

    Agora você, fazer essa comparação entre Curíntiah (um timinho que a mídia diz ser grande com grande convicção e que os políticos de São Paulo fizeram parecer grande - se não acreditar pesquise a fundo a história do clube e de sua torcida e seu aumento significativo durante determinados governos estaduais) e SÃO PAULO, time verdadeiramente HEXA CAMPEÃO BRASILEIRO, um time que eu não me lembro nem qual foi a última vez que NÃO Disputou a Libertadores, que possui 3 LIbertadores, 3 MUNDIAIS, 6 BRASILEIROS sem contar os titulos de menor monta, como essas taçinhas estaduais que corinthians vive disputando pois todo campeonato disputa o rabo do ranking..¬¬ ah, faça-me o favor! vai se informar e vai ver primeiro o que 'título grande e o que é pequeno para depois sair falando. O SÃO PAULO estava cagando pra Taça Rio, ele ainda estava na LIBERTADORES! Já estou cansada de ver o São Paulo colocando time reserva nesses estaduaizinhos porque poupa jogadores para as copas que vive disputando! SÃO PAULO é copeiro, não disputa campeonato da rua de trás não.
    Só pra constar, vi que você é rubro-negro. O flamengo tem razão de ter a maior torcida, porque bem ou mal tem libertadores, mundial, 5 brasileiros, sua torcida condiz com seus títulos. Agora corinthians não tem título expressivo internacional nenhum, o que de pronto já mostra que alguma coisa errada tem em relação à torcida deles.

    Só pra constar: Sou Fluminense.

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